domingo, 20 de maio de 2012

Mudança no trânsito da Zona Sul mostra bons resultados

Por: Bianca Lopes 

Modificação da Avenida Roberto Silveira, em Icaraí, é positiva. Alguns detalhes ainda estão sendo revistos. Extinção de vagas contribuiu para “desafogar” o trânsito durante a hora do rush












  

A cinco dias de completar um mês das alterações viárias na Avenida Roberto Silveira, em Icaraí, com implantação de mão única e criação de pistas seletivas para ônibus a partir do dia 25 de abril, as mudanças começam a ser absorvidas pela população. Engenheiro de tráfego, o professor aposentado José Jairo Araújo de Souza acredita que a medida da Niterói Transportes Trânsito (NitTrans) melhorou a fluidez na Roberto Silveira. Segundo o especialista, a extinção de quase 300 vagas nas ruas Gavião Peixoto, Mem de Sá e Pereira da Silva também contribuiu para que o trânsito fosse “desafogado” nos horários de rush (pico). 
“As pessoas precisam lembrar que não existe apenas a Gavião Peixoto, mas a Mem de Sá como opção para seguirem em direção à Zona Sul e Região Oceânica. A Mem de Sá é pouco utilizada pelos motoristas. E não é só isso. A Roberto Silveira em mão única acaba impulsionando as pessoas a optarem pelos coletivos públicos, reduzindo o número de carros de passeio nas ruas e, sobretudo, favorece a mobilidade urbana e a sustentabilidade ambiental. Toda modificação, no início, é complicada. Com o tempo as pessoas se acostumam”, explica o especialista e um dos membros do conselho diretor do Grupo de Estudos e Pesquisas de Engenharia de Tráfego (Geptran). No entanto, nem todos concordam com o engenheiro de tráfego. Alguns reclamam da medida.
“Se antes já era complicado, porque não podia estacionar das 11h às 21h, imagina agora com a proibição total? Piorou. Os fornecedores não têm como descarregar as mercadorias, porque não podem parar do lado direito, senão são multados”, disse o comerciante Benito Otero, de 31 anos, que há um ano e oito meses abriu sua cafeteria na Gavião Peixoto.
“Pela manhã, quando venho trabalhar, desço pela Noronha Torrezão e, ao chegar no entroncamento da Rua Vinte e Dois de Novembro, já está um caos. Ninguém sai do lugar. É um inferno”, lembra Oziel.
Já a motorista de ônibus escolar Janaina da Silva aceita as mudanças.
 “Acho que melhorou um pouco. Leva tempo até a população se acostumar com as alterações viárias. Antes levava quase uma hora e meia para chegar ao Centro. Agora chego mais rápido”, disse ela. 
Para o gerente de restaurante Gilberto Bonazza, 65 anos, as pessoas precisam aprender a esperar. “Todos  estão muito intolerantes. Antes das mudanças, era o caos”, disse Gilberto, fazendo coro às declarações da motorista Janaina.

Retenções frequentes
Desde o início da semana, motoristas que costumam seguir pela Avenida Jornalista Alberto Francisco Torres, em Icaraí, no sentido Zona Sul, têm encontrado retenções com frequência, segundo mensagens postadas pelas redes sociais. 
Em nota, a Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa), informa tratar-se da complementação de obras de drenagem na Praia das Flechas, previstas para durar cerca de um mês. Ainda de acordo com a empresa, as obras só podem prosseguir de acordo com a melhora do tempo. 
A Emusa lembra que já foram feitas intervenções de drenagem na Rua Pereira Nunes, no Ingá. No momento, um trecho da Rua Paulo Alves está em obra.

Mão única continua
Quanto à possibilidade da Avenida Amaral Peixoto passar a ser em mão dupla, a prefeitura informou, em nota, não haver informações a respeito. Presidente da NitTrans, Sérgio Marcolini, afirmou que já foram feitas duas desapropriações no lado direito da Avenida Marquês do Paraná, sentido Centro. “Com isso já conseguimos abrir desde a Paulo César até a Roberto Silveira. De três faixas, passamos para quatro, o que já é um avanço. Quanto ao lado esquerdo da via, vai depender de decisão judicial, uma vez que outras edificações precisarão ser desapropriadas”, disse Marcolini, sem informar quantas.


Fonte: O FLUMINENSE

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