Tribunal Regional do Trabalho dá um prazo de cinco dias para trabalhadores e patrões entrarem em acordo. Decisão sobre a paralisação poderá ser decidida na Justiça
A greve dos metalúrgicos de Niterói e Itaboraí segue num impasse. Segundo a direção do sindicato da categoria, depois que os trabalhadores rejeitaram em assembleia a proposta de aumento salarial de 8%, proposto pela entidade patronal, as negociações ficaram mais difíceis. Apesar disso, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) deu prazo de cinco dias para que as partes busquem um acordo.
Se ao fim deste prazo não houver acordo entre as partes, os autos serão remetidos à Procuradoria Regional do Trabalho para elaboração do parecer, segundo o tribunal. Posteriormente, o processo será distribuído ao desembargador relator que julgará a situação do movimento dos metalúrgicos.
“Nós entregamos a defesa dos trabalhadores e vamos anexar a ata da assembleia de segunda à noite e aguardar a Justiça. Tentamos contato com o Sinaval (sindicato patronal), mas não conseguimos resposta. Quando a greve começa a ficar boa para o patrão, ela fica ruim para o trabalhador, parece que quem está no comando da greve não tá vendo isso”, comenta Edson Carlos Rocha da Silva, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí.
O Comando de Greve mantém a rotina de protestos nas portas dos estaleiros nos turnos da manhã e da noite para conscientizar os trabalhadores, mas começa a surgir um caminho para por fim à greve que já dura 15 dias.
“Se eles (os patrões) sinalizarem com 12% de aumento e vale-alimentação de R$ 300, que é a média das outras categorias, eu acredito que os trabalhadores vão concordar”, afirma Paulo de Carvalho, o Paulinho, integrante do Comando de Greve.
O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), o patronal da categoria, informou que não vai se pronunciar sobre as negociações trabalhistas e que prefere esperar a decisão da Justiça.
Greve – Os membros do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Niterói e Itaboraí (Stimmerj) entraram em greve na noite do dia 30 de maio, após assembleia. A direção da entidade estava em negociação com o patronal da categoria, o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), e havia obtido uma proposta de 7,5% de aumento salarial.
Entretanto, a categoria reivindica aumento salarial de 16%, além do aumento no valor do vale refeição de R$ 140 para R$ 350, se igualando ao valor pago em São Gonçalo. Os grevistas querem também maior segurança no ambiente de trabalho, plano de saúde com descontos simbólicos em folha, além do Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Fonte: O FLUMINENSE
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