Cidade teve mais de 1,2 mil projetos residenciais e comerciais em 2012. Em 2010, o metro quadrado tinha valor de R$ 2,5 mil. Hoje, o preço varia de R$ 4 mil A R$ 4,5 mil
De cidade pacata ao foco do crescimento imobiliário: Itaboraí não foi mais a mesma desde o anúncio da construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) na cidade, em 2006.
“Itaboraí está mudando de cara. Pessoas da região e até de outros estados estão comprando imóveis na cidade”, conta o diretor comercial da Brasil Brokers, Roberto Marinho de Mello.
Ele revela que, antes do início das obras, em 2010, o metro quadrado residencial tinha valor de R$ 2,5 mil. Hoje, o preço varia entre R$ 4 mil e R$ 4,5 mil e o metro quadrado comercial pode chegar a R$ 7 mil, uma valorização de 200%.
Um apartamento com dois quartos e 55 metros quadrados, como as unidades do Jardim Imperial, da construtora Rossi, custa, em média R$ 209 mil.
Segundo dados da Prefeitura de Itaboraí, até julho desse ano, o município recebeu mais de 1,2 mil novos projetos na área imobiliária. Em 2009 foram 400 e 1,2 mil em 2010. Ainda existem aproximadamente 30 grandes projetos em construção, quase todos com conclusão prevista para período de 2013 e 2014. Nesta época, a estimativa é que Itaboraí conte com 60 mil novas unidades habitacionais.
“O mercado imobiliário está superaquecido, com muitas oportunidades e previsão de quintuplicar nos próximos anos”, afirma Rodrigo Alves, diretor comercial da Call Construtora Alves Lopes.
Ele acrescenta que atualmente a cidade passa pela fase do crescimento dos empreendimentos comerciais, como lojas, hotéis e shoppings.
A construtora inaugurou o Itaboraí Office Tower, um empreendimento comercial com 96 salas e 2 lojas, que foi todo vendido no lançamento.
“Nesse primeiro momento, além dos prédios comerciais, as construções residenciais são voltadas para as pessoas que estão trabalhando na construção do Comperj. O verdadeiro crescimento vai acontecer quando o complexo estiver funcionando e as pessoas quiserem morar perto do trabalho”, ressalta.
Fernando Jarczun, gerente regional da construtora Rossi, explica que a procura é de atuais moradores do município, que estão buscando novos empreendimentos e de investidores, que apostam na valorização dos imóveis.
“A maior demanda é por residenciais com infraestrutura de lazer completa, seja em condomínios de casa ou apartamentos”, revela, destacando que a empresa lançou quatro empreendimentos na cidade, sendo três residenciais, todos com excelentes vendas.
André Marujo Mendes, gestor de negócios da CEU Construções e Engenharia Urbana, afirma que o crescimento de Itaboraí foi muito rápido e que é necessário tempo para uma reestruturação.
“O boom imobiliário tende a ser favorável. A cidade está aumentando a sua arrecadação e poderá investir em educação, transporte público, saúde e saneamento”, analisa.
Para Mendes, a região mais promissora de Itaboraí nos próximos anos é o bairro do Bonfim, onde a empresa lançou um apart-hotel com 160 unidades.
Fonte: O Fluminense
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