Aplicativo criado no Brasil, o "Meu Filho Sumiu", auxilia, através de uma galeria digital, que as pessoas possam localizar menores a partir do ponto em que sumiram
De acordo com dados do Governo Federal, cerca de 40 mil menores desaparecem, por ano, no Brasil. O número é grande e preocupante, sendo que muitas delas não são encontradas. Contudo, existem projetos sociais que tendem a minimizar essa estatística e ajudar a mudar o quadro. Saindo das ONGs e das ruas das cidades, as campanhas têm atingido cada vez mais a população que fica 24 horas por dia conectada na internet, através de sites e redes sociais.
Professor da Universidade Cândido Mendes, André Guerreiro tem ajudado na luta contra o desaparecimento de várias crianças no País. Junto com mais dois publicitários – Bruno Neves e João Garrido, ele montou o Meu Filho Sumiu (www.meufilhosumiu.com), página virtual que disponibiliza dados de menores de várias cidades brasileiras, incluindo Niterói.
“Ao analisar as formas de auxílio na busca de crianças desaparecidas, descobrimos que não existia, no mundo digital, uma ferramenta que trabalhasse de forma maciça. Apenas ações pontuais dos órgãos de segurança pública nunca conseguiam alcançar a abrangência necessária. Daí a ideia da utilização das redes sociais e sua fantástica ‘vascularização’”, revela Guerreiro.
O site Meu Filho Sumiu já conseguiu uma grande vitória em pouco tempo no ar. Segundo o professor, cerca de 150 mil pessoas já acessaram a página, que possui 170 perfis.
“As pessoas entenderam a nossa proposta e estão aderindo cada vez mais. É inacreditável como em apenas uma semana o Meu Filho Sumiu já conseguiu mobilizar as pessoas”, comemora.
Dentro do site há uma CQ Code – uma espécie de código de barras que pode ser lida através da câmera do celular – que, acessada pelo smartphone ou tablet, possibilita que o usuário instale um aplicativo no Facebook ou Twitter que mostre, através de geolocalização, crianças desaparecidas em locais próximos. O objetivo é transformar os aparelhos em uma grande rede de contatos que pode resultar em um aumento no número de crianças encontradas.
“O site ainda é novo e não sabemos ao certo até onde poderemos ir para ajudar estas crianças, mas uma coisa é certa: conseguiremos mudar a vida de muitas famílias”, acredita Guerreiro.
Para cadastrar o desaparecimento de uma criança ou adolescente no site, é necessário uma série de requisitos. Somente após o registro em uma delegacia de polícia e com a cópia do Boletim de Ocorrência em mãos é que o contato com o site deve ser feito. Assim, o perfil do menor é publicado na página e compartilhado com os colaboradores que possuem o aplicativo instalado.
Quem quiser doar dinheiro ao projeto, as formas de ajuda financeira estão listadas na página, na seção “Sobre o Site.”
Fonte: O FLUMINENSE
Nenhum comentário:
Postar um comentário