sábado, 1 de junho de 2013

Peixes mortos na Praia de Piratininga, em Niterói


Instituto Estadual do Ambiente acredita que motivo da mortandade de três toneladas de cavalinha pode ter sido descarte de pescadores. Possíveis responsáveis podem ser multados 














Moradores da Avenida Almirante Tamandaré, próximo ao Praião de Piratininga, foram surpreendidos na manhã desta sexta-feira. Cerca de três toneladas de peixes mortos ocupavam toda a extensão de areia. O motivo para a mortandade, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), seria o descarte dos pescadores de uma espécie conhecida como Cavalinha, bastante conhecida na região. 
Entretanto, o órgão vai avaliar a mortandade e, caso seja comprovado o prejuízo no ecossistema, os responsáveis serão multados. A Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) fez a limpeza do local durante todo o dia, só terminando o serviço na noite de ontem.
Inicialmente, o Inea acreditou que a morte das espécies poderia ter sido causada por uma inversão térmica na Lagoa de Piratininga, o que poderia culminar com o fim das espécies mais frágeis. Técnicos estiveram durante toda a manhã analisando a água da lagoa, mas descartaram tal inversão quando alguns pescadores confessaram o descarte.
Uma traineira pode ter sido usada pelos pescadores, o que justificaria a grande quantidade de peixes mortos. Neste caso, segundo o Inea, a pesca de arrasto não possibilitaria o impacto nas espécies.
Pescadores da região costumam se desfazer dessa espécie por acreditarem que eles não têm valor comercial. De tamanho pequeno a médio, a Cavalinha é formada por três espécies oceânicas que compõem a mesma família. Elas frequentam águas de elevada salinidade e não entram pelos canais de água salobra.
A multa para o descarte irregular, seja de espécie animal ou de lixo, pode gerar multas de até R$ 1 mil, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Neste caso, o Inea informou que o caso será analisado e, confirmado algum prejuízo que afete o ecossistema do local, os responsáveis serão multados.

Lagoa – No início de março, cerca de duas toneladas de peixes apareceram mortos na Lagoa de Piratininga. Os técnicos da Gerência de Qualidade da Água do Inea realizaram medição do nível de oxigênio da água e descobriram que a falta de oxigenação foi o motivo para a morte. Além disso, na lagoa, é comum haver mortandade quando chega alguma frente fria, o que muda a temperatura da água matando as espécies mais frágeis.
As obras do projeto de execução para reverter o assoreamento da lagoa foram iniciadas em dezembro do ano passado e têm como objetivo fazer a manutenção da estação, mudar as comportas e retirar as rochas do túnel que ligam a Praia de Piratinga à lagoa. Orçadas em R$ 5 milhões, as obras de intervenção ambiental fazem parte de projeto do governo do estado para a recuperação das lagoas fluminenses

Fonte: O FLUMINENSE

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