Coordenadora do instituto ressaltou que o leite materno tem fatores de proteção contra uma série de doenças, que evitam a morte precoce do bebê
Criado com o intuito de reduzir a mortalidade infantil e erradicar a desnutrição neonatal,o primeiro Banco de Leite Humano (BLH) do Brasil, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF-Fiocruz), completa 70 anos este mês.
“Um dos motivos [para comemorar] é o fato de termos [no Brasil] alcançado no ano passado o Objetivo do Milênio das Nações Unidas de redução da mortalidade infantil, antes do tempo acordado”, disse a coordenadora de Processamento e Qualidade do BLH, Danielle Aparecida da Silva.
“Os bancos de leite humano tiveram um papel fundamental nessa queda”, disse, ao lembrar que, em 2000, o país tinha 29,7 mortes de bebês por mil habitantes, e em 2010 a proporção caiu para 15,6 mortes por grupo de mil habitantes. Taxa inferior à estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) até 2015.
Para Danielle, outra contribuição fundamental dos bancos de leite humano tem sido a de quebrar mitos em relação ao leite materno, estimulando e apoiando mães a amamentarem os filhos sem medo e inseguranças.
“Ouvia-se muito que o leite era fraco quando o bebê acabava de mamar e chorava, por exemplo. Toda essa rede de bancos de leite vem ajudando a criar esse novo conhecimento, valorizar a amamentação entre as mães que procuram essas unidades achando que o leite é fraco ou que tem alguma impossibilidade de amamentar”, explicou.
A coordenadora ressaltou que o leite materno tem fatores de proteção contra uma série de doenças, que evitam a morte precoce do bebê e que se refletem na vida adulta, como prevenção à diabetes e à obesidade. Informações sobre como doar leite humano ou amamentação podem ser encontradas no sitewww.redeblh. fiocruz.br ou pelo telefone 0800 026 8877.
Fonte: O FLUMINENSE
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