No Rio, categoria decide, em assembleia, manter paralisação até o próximo dia 15. Paralisação já envolve 80% da rede de ensino e a classe quer negociar o Plano de Cargos
Os profissionais de educação da rede municipal de Itaboraí iniciaram ontem uma greve. A categoria quer que a prefeitura volte a negociar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), já que o projeto definido pela Secretaria de Educação não agrada os servidores. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro, a paralisação envolve 80% da rede.
Segundo Maurício Lapa, coordenador do Sepe-RJ em Itaboraí, cerca de 200 professores e demais profissionais de educação participaram de um ato público em frente à Prefeitura de Itaboraí. A Chefia de Gabinete do prefeito Helil Cardozo chegou a sinalizar com uma reunião, que acabou não acontecendo. Os manifestantes decidiram então sair em passeata pela Avenida 22 de Maio.
O Sepe-RJ quer a revogação de uma lei que permite à prefeitura pagar o vale-transporte dos servidores apenas dentro dos limites do município. Com isso, funcionários públicos que residem nas cidades vizinhas estão tendo que bancar parte do custo com o transporte para o trabalho.
Rio – Em mais uma assembleia no Rio, os servidores decidiram, ontem, manter a greve no setor, que já dura 61 dias. Os educadores reivindicam um novo plano de carreiras na rede municipal. A paralisação está garantida pelo menos até 15 de outubro, Dia do Professor, quando deve ser feita nova reunião de professores e funcionários de escolas.
Na assembleia de ontem, os grevistas optaram por tirar da pauta de reivindicações a exoneração da secretária de Educação do município, Cláudia Costin. “Esta é uma questão política, e temos coisas mais importantes para reivindicar”, justificou uma das coordenadoras do sindicato, Marta Moraes.
Na última terça-feira, o prefeito Eduardo Paes criticou o fato de os manifestantes exigirem a saída da secretária e disse que o movimento tinha se radicalizado.
Além de pedirem a revogação do Plano de Carreiras, Cargos e Remunerações aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito na semana passada, os educadores reivindicam que seja negociado outro plano.
Outra exigência é que não haja corte de ponto e sim abono dos dias parados. Na última segunda-feira, a Justiça derrubou uma tentativa de recurso do sindicato contra a liminar obtida pela prefeitura, em 3 de setembro, autorizando o corte do ponto dos profissionais que não forem trabalhar. Ontem, o prefeito confirmou que a Secretaria Municipal de Educação vai proceder dessa forma.
O sindicato também pede melhores condições de trabalho para merendeiras, que passariam a ser consideradas cozinheiras escolares, gozando dos mesmos direitos destas, como a presença de um auxiliar.
De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, a assembleia de ontem reuniu cerca de 5 mil pessoas no Club Municipal, na Tijuca. Segundo o sindicato, cerca de 80% dos educadores municipais estão em greve. Ontem, no entanto, o prefeito Eduardo Paes afirmou que a adesão estava em torno de 10%.
Fonte: Ofluminense
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