Por: Daniel Braga e Rosa Geraldino
Museu da Arte Contemporânea, o MAC, localizado na Zona Sul, dará início, na próxima sexta-feira, 14 de dezembro, à exposição de gravuras feitas pelo arquiteto Oscar Niemeyer
Símbolo de Niterói, construído em 1992 e inaugurado em 1996, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) é considerado uma das principais obras de Oscar Niemeyer e homenageará seu criador a partir da próxima sexta-feira. Na ocasião, quatro gravuras do arquiteto serão expostas para o público em parte da varanda da estrutura. As imagens ainda não foram definidas, entretanto, a projeção do próprio MAC deverá compor a mostra.
“Foi um dos grandes arquitetos do século 20 e já aos 90 anos pode ser considerado um dos grandes arquitetos do século atual”, enfatizou o diretor-geral do MAC, Guilherme Bueno, ao descrever Niemeyer que, no projeto do museu, delineou uma estrutura sob um espaço de três mil metros quadrados, na praça abrigada no Mirante da Boa Viagem, com uma fachada futurística, apresentando-se com linhas circulares e suplantada por um espelho-d’água em sua base.
Em seu acervo, o MAC detém 1.217 obras da Coleção João Sattamini - segunda maior de arte contemporânea do Brasil -, bem como um conjunto de 369 obras da Coleção MAC de Niterói, formado a partir de doações de nomes que realizaram exposições no local. O horário de visitação do museu é de terça a sexta, das 10h às 18h e, aos sábados e domingos, das 10h às 19h.
Turismo - Cartão-postal do município, muitos visitantes foram percebidos no MAC nos últimos dias. “A vinda foi uma premiação que os alunos do primeiro ano do Ensino Médio ganharam por se destacarem na feira do conhecimento, uma das programações estudantis do ano letivo”, detalhou a professora de geografia, Adriana de Souza, de 38 anos, acompanhada de seus alunos do Colégio Estadual Pedro Braile Neto, da cidade de Resende, no Sul Fluminense.
De uma reunião de negócios em São Paulo, diretamente para o Rio de Janeiro, os franceses Jean Charles Dulac, de 41 anos, e Christopher Dubois, de 47 anos, vieram para a cidade apenas para conhecer o monumento.
“Estamos no Brasil uma vez por mês para cumprir compromissos. Ao olhar de fora, parece um prato voador”, relatou Dubois, demonstrando admiração diante do MAC.
“Para mim é muito similar a uma copa de fogo olímpico da época romana. Niemeyer e Le Corbusier são parecidos e de grande importância para a arquitetura. Seus projetos são revolucionários e nos permitem novas visões das formas”, opinou Dulac.
Obras - Durante a semana, o prefeito eleito de Niterói, Rodrigo Neves (PT), assegurou que concluirá o Caminho Niemeyer. Para isso, ele explicou sua intenção de montar um grupo de trabalho exclusivo para acompanhar de perto o andamento das intervenções, além de reunir todo o acervo do arquiteto em um só espaço. A localidade poderá ser um novo museu em uma região próxima ao Teatro Popular, uma das sete estruturas integrantes do conjunto arquitetônico.
O político garantiu ainda que, já no primeiro semestre de 2013, será agilizado o funcionamento do próprio teatro, bem como do Museu do Cinema, em São Domingos. “Niterói se orgulha de possuir tantas obras do gênio da arquitetura mundial. Perdemos a genialidade do arquiteto, mas a obra e curvas geniais permanecem”, afirmou.
Nova estrutura - Pouco antes da morte de Oscar Niemeyer, representantes do seu escritório do arquiteto se reuniram com o prefeito reeleito de Maricá, Washington Quaquá (PT), que demonstrou interesse em construir um oceanário projetado por Niemeyer na cidade.
Para o prefeito, a proposta é considerada estratégica para impulsionar o turismo na região, além de servir para homenagear “um dos mais brilhantes representantes brasileiros em todo o mundo”.
Fonte: O Fluminense
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