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domingo, 14 de abril de 2013

Em São Gonçalo, 100 dias de superação para Neilton Mulim

Por: Daniel Braga 

Nova gestão teve muito trabalho para tirar a saúde do CTI e combater desperdício na máquina administrativa. Dívida ao assumir governo da cidade era de R$ 100 milhões 














Ao assumir a prefeitura de São Gonçalo Neilton Mulim se deparou com uma dívida de R$ 100 milhões– sendo R$ 60 milhões no setor da saúde– e precisou tomar medidas emergenciais diante do quadro de falta de remédios nas farmácias públicas, de material hospitalar e de leitos nas principais unidades médicas. Para começar a tirar a saúde do CTI, novas ambulâncias foram viabilizadas para reforço da rede de assistência, onde anteriormente havia apenas três veículos para atender uma população de mais de 1 milhão de habitantes. Hoje já são 21 unidades móveis a partir de recursos federais. A Secretaria Municipal de Saúde agiliza ainda a readequação de Postos de Saúde da Família (PSFs) que até então funcionavam em garagens ou casas sem condições e aumentou o número de leitos  no Hospital de Saúde da Mulher.

Neste mês, o município iniciou em Alcântara os trabalhos para a construção de um centro cirúrgico eletivo e de um espaço para diagnóstico por imagens. Uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com recursos federais, em Nova Cidade, e outra no Pacheco, também estão em fase de projeto enquanto a prefeitura se movimenta para reabrir o Posto de Saúde Doutor Zerbini, no Arsenal. As áreas para todas essas ações já foram desapropriadas.
Também afetado pela epidemia de dengue, São Gonçalo passou a contar com o Centro de Hidratação do Polo de Saúde Washington Luís, no Zé Garoto. Além disso, o Pronto-Socorro Mário Niajar, em Alcântara, ampliou o atendimento para receber pacientes com a doença.
Na área de educação, a prefeitura inaugurou as creches George Savalla (Barro Vermelho), Pastor José Augusto Grassini (Jardim Bom Retiro) e Pastor Militão Ramos de Oliveira (Nova Roma) e planeja outras.
No setor de urbanismo, o saneamento básico é uma das preocupações do município, que tem mantido constante diálogo com o Governo do Estado, que planeja projetos para Santa Luzia, Jardim Catarina, Guaxindiba, Monjolos, Pacheco, Santa Izabel, Gradim e Paraíso. A Prefeitura promoverá a pavimentação de vias nas localidades que receberem as obras de saneamento da Cedae, que inaugurará uma nova linha adutora do sistema da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Imunana-Laranjal nos próximos meses, ampliando em 60% o abastecimento na região.
Com a esfera estadual, São Gonçalo negocia também a reativação do Programa Asfalto na Porta, que realiza obras de recapeamento em várias ruas do município. De acordo com o prefeito Neilton Mulim, a readequação do convênio é necessária porque além de ter sido paralisado na gestão passada, o projeto contemplou ruas sem real necessidade de intervenções.

Controle urbano – A Subsecretaria Municipal de Fiscalização e Posturas tem desenvolvido ações de fiscalização em estabelecimentos que depositam lixo nas calçadas fora dos recipientes adequados e do horário de coleta. Além da orientação, o não cumprimento da lei já acarretou multas para os comerciantes.

Máquina – O quadro de servidores municipais comissionados teve corte de quase 50%. No último mês um novo pacote de exonerações reduziu de 5,3 mil para 2,5 mil o número de servidores não concursados. Na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) havia 422 pessoas em situação de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) dentre 800 funcionários.
Na área da saúde, o município constatou um maqueiro com salário de R$ 6 mil e um agente administrativo que recebia R$ 11 mil, enquanto colegas ganhavam R$ 700. A prefeitura reorganizou a estrutura administrativa e no gabinete do prefeito, onde havia 169 servidores, com 120 desses sem trabalhar, hoje existem 26.
Salários dos profissionais da emergência das unidades de saúde foram reajustados de R$ 5 mil para R$ 6 mil. Médicos foram contratados e até o final deste segundo semestre novas seleções públicas deverão ser realizadas.

Incentivo – Nos próximos anos, como forma de estimular a instalação de novos empreendimentos no Polo Industrial de Guaxindiba, a Prefeitura planeja reduzir a alíquota atual de 5% do Imposto Sobre Serviços (ISS) para até 3%. A medida integra a intenção da atual gestão em transformar a região em um condomínio de indústrias, atraindo empresas de diversos ramos.
Atualmente, o complexo instalado no 3º distrito de São Gonçalo possui cerca de dois milhões de metros quadrados e já atraiu mais de R$ 400 milhões em investimentos para o município, devendo gerar até 2015, um total de 10 mil postos de trabalho.

Transportes – Guaxindiba deverá receber ainda uma estação que comportará um Centro de Manutenção da Linha 3 do metrô, prevista para começar na Praça Arariboia, Centro de Niterói.

Investimento em habitação
Para o setor da habitação, o município já firmou uma parceria para a construção de 3.661 casas populares destinadas para famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 2.034), através do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A prioridade no processo de realocação será de habitantes das margens do Rio Imboaçu, beneficiários do Aluguel Social e moradores de áreas de risco da cidade. Dessas famílias 164 já foram beneficiadas com o condomínio Bela Vida I, no Arsenal, enquanto nos próximos meses serão entregues outros 240 apartamentos.
A prefeitura iniciou 1,2 mil unidades habitacionais entre o Barracão e o Mundel, onde alguns imóveis deverão ser concluídos no próximo ano. No Imboaçu haverá, também, um investimento estadual que prevê a construção de residências populares e ciclovias, visando a realocar moradores das margens do rio da área. A iniciativa conjunta com a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) pretende recuperar a Bacia do Imboaçu e conta com um total de R$ 108 milhões por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A prefeitura articula também a segunda fase do MCMV em São Gonçalo, que construirá até o final de 2013, cerca de 2.701 casas no Jóquei e 720 nos condomínios Vista Alegre I e II, ambos com 360 apartamentos cada.
Com uma dívida de R$ 20 milhões na área da coleta de lixo da cidade, a prefeitura normalizou a atividade nos últimos meses, pois em janeiro, São Gonçalo contava com 7 milhões de toneladas de resíduos acumulados pelas ruas. A empresa responsável pelo recolhimento atuava com um terço de sua capacidade. Diante da situação, a atual gestão precisou pagar R$ 8 milhões em 30 dias para regularizar o serviço, parcelando o restante da dívida em 24 vezes.


Fonte: O FLUMINENSE

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