Páginas

sábado, 4 de maio de 2013

Literatura: Memória de São Gonçalo é resgatada em obra

Por: Marcella Monteiro 

Livro reúne trabalhos de professores e um jornalista sobre fatos e locais do município. Obra será lançado na próxima terça, dia 14 de maio, no campus Trindade da Universo 














O livro São Gonçalo em perspectiva - Ensaios de histórias gonçalenses, que aborda as histórias do município através de diferentes olhares, será lançado na próxima terça-feira, dia 14 de maio, às 20h, no campus Trindade da Universo, durante o Simpósio de História. O lançamento conta com a presença dos autores do livro, entre eles dez professores de História - Henrique Mendonça, José Pedro de Assis, Marcelo Araújo, Michele Agostinho, Rafael Navarro, Renato Freire, Rogério Fernandes, Rogério de Moura, Rui Aniceto, Vanessa Navarro - e um jornalista, Jorge Nunes.
Os temas foram desenvolvidos em programas de pós-graduação das universidades UERJ, PUC-Rio, FFP/UERJ e UFF, que apresentam fatos e trajetórias importantes do município. O livro é uma obra coletiva, onde cada autor contribuiu com partes de sua pesquisa acadêmica e foi reescrito para um público amplo, não apenas restrito aos meios universitários.
“Partimos de ‘problemáticas de pesquisas históricas’ e construímos conhecimentos captando as vivências realizadas no município de São Gonçalo, através de seus três eixos: ‘lugares de memória’, ‘o mundo da política: associações, biografias e ações políticas’ e a ‘Saúde sob dois primas’”, explica um dos autores, o professor de História Renato Freire.
A publicação foi planejada através de áreas temáticas, não seguindo uma cronologia determinante.
“A opção temática nos pareceu a mais adequada para permitir aos leitores reflexões sobre como alguns temas são estruturais na trajetória do município. E, a partir desta escolha, intentamos estender a apreciação deste livro tanto ao leitor profissional da história, quanto aos que não são”, relata o professor.
A seleção dos autores
Os autores tiveram como lugar comum a Faculdade de Formação de Professores da UERJ, localizada no bairro do Paraíso, em São Gonçalo. A maioria do grupo foi incentivada na pesquisa histórica, ainda na graduação do curso de História, pelas mãos dos professores Luís Reznik, Márcia Gonçalves e Haydée Figueiredo através do Grupo de Pesquisa História de São Gonçalo: Memória e Identidade.
“O professor José Pedro de Assis realizou curso de especialização em História do Brasil na instituição e o jornalista Jorge Nunes possui uma longa vivência, além de desenvolver trabalhos sobre o município. O livro tornou-se um lugar de encontro para que pudéssemos divulgar nosso material, retirando a ‘poeira das estantes’ e trazendo ao grande público novas maneiras de refletir sobre o passado da cidade, com olhar no presente”, afirma Renato Freire.
Um dos temas abordados por dois dos autores do livro, os professores Henrique Mendonça da Silva e Rui Aniceto, foi a Ilha das Flores, em São Gonçalo, cenário da antiga Hotelaria de Imigrantes, nas atuais instalações do Comando da Tropa de Reforço de Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha. O local terá um centro de memória a céu aberto destinado a contar a história dos mais de 300 mil estrangeiros que chegaram ao Brasil pelo Porto do Rio, entre 1866 e 1977.
Quase um século depois (1877-1966), a história dos mais de 300 mil imigrantes que chegavam ao Brasil através do Porto do Rio de Janeiro será contada com a reinauguração do Centro de Memória da Imigração da Ilha das Flores, em Neves, no município de São Gonçalo, pela Marinha do Brasil, em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O lançamento está previsto para o dia 25 de junho de 2013 (Dia do Imigrante). Serão disponibilizadas 10 edificações do complexo naval para visitação.
O local onde funcionava a Hotelaria de Imigrantes do Brasil e que hoje funciona o Comando da Tropa de Reforço do Corpo dos Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil terá sete totens (postos informativos), com painéis de textos e fotos contando um pouco da história dos imigrantes. Milhares de alemães, árabes, espanhóis, italianos, judeus, poloneses, portugueses e russos passaram pela hotelaria e trouxeram para o Brasil parte de sua cultura.
A ilha está localizada à margem da BR-101 (trecho que liga Niterói à Manilha) e, desde 1968, pertence à Marinha, que mantém no local o Comando da Tropa de Reforço do Corpo dos Fuzileiros Navais.

Trabalhos reunidos na obra
• Ilha das Flores e de histórias - Henrique Mendonça da Silva e Rui Aniceto Nascimento Fernandes
• Imagem da cidade. Estado e sociedade na edificação do monumento ao ex-prefeito Joaquim de Almeida Lavoura em São Gonçalo – 1976 – Renato C. B. de Luna Freire
• Reivindicações patrióticas. Lembranças dos ex-combatentes de São Gonçalo – Rogério Fernandes
• Os nossos símbolos cívicos – Jorge Cesar Pereira Nunes
• Associação Gonçalense de Estudantes. Em defesa da ordem e do progresso – Michele de Barcelos Agostinho
• Geremias de Mattos Fontes. Do Barracão ao Palácio – José Pedro de Assis
• Um gonçalense a serviço da República. Uma análise da atuação política e intelectual de Luiz Palmier – Vanessa Carvalho Nofuentes
• Joaquim Lavoura e o legislativo municipal. A formação do líder político gonçalense – Rafael Navarro Costa
• O primeiro mandato executivo de Joaquim de Almeida Lavoura. 1955 – 1959 – Rogério Soares de Moura
• Luiz Palmier, o Hospital de São Gonçalo e a modernidade gonçalense – Marcelo Araújo
• A saúde pública. 1820 – 1940 – Jorge Cesar Pereira Nunes

Fonte: O FLUMINENSE

Nenhum comentário:

Postar um comentário