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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bolsas de estudo são oferecidas para o exterior


Ciência sem Fronteiras aceita inscrições até o próximo dia 8 de julho. Nota classificatória do Exame Nacional do Ensino Médio deve ser igual ou superior a 600 pontos 














Estudantes que não obtiverem nota igual ou superior a 600 pontos em Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) feito após 2009 não poderão participar do Programa Ciência sem Fronteiras. Desde o último dia 3, os estudantes que atendem aos requisitos podem se candidatar a bolsas de graduação-sanduíche no Canadá, na Alemanha, nos Estados Unidos, na Hungria e no Japão. As inscrições vão até 8 de julho no site do programa.
Os estudantes que vão fazer o Enem este ano não poderão concorrer ao processo seletivo, pois farão a prova em outubro e não terão o resultado a tempo de participar dos editais. Até o ano passado, o Enem era usado apenas como critério de seleção para o programa. A partir deste ano, tornou-se exigência, que não foi bem recebida pelos estudantes.
As reclamações estão nas redes sociais:  “A essa altura, todos nós que não entramos pelo Enem, investimos em exames de proficiência de idiomas, documentos etc. Depois de alguns anos na universidade, afastados das disciplinas de ensino médio e aprofundados em temas cada vez mais especializados dos nossos cursos, obviamente estamos despreparados para o exame. Considerando que o programa visa oferecer bolsas de intercâmbio aos estudantes de graduação, os critérios considerados de desempate (carga horária cumprida, projetos de iniciação científica, prêmios acadêmicos) deveriam, sim, ser considerados importantes”, reclama um estudante na página do Ciência sem Fronteiras no Facebook.
Por meio da assessoria de sua imprensa, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) diz que o governo federal não abre mão do Enem como principal critério de seleção de candidatos a bolsa de estudo no Ciência sem Fronteiras, uma vez que o exame não é apenas um indicador de qualidade para o ensino médio, mas também um dos instrumentos de política pública destinados a democratizar as oportunidades de acesso ao ensino superior.
A Capes lembra que o Enem passou a ser usado pelas instituições estrangeiras “como parâmetro de qualidade para a aceitação e alocação dos estudantes brasileiros em seus cursos”.
A instituição informou que haverá outras chamadas que contemplarão os estudantes que fizerem o Enem 2013.

Estudante contemplada está de malas prontas

A estudante de Engenharia de Bioprocessos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Thaís Pedrete Vilela, 20 anos, moradora de Niterói, foi contemplada com uma bolsa de estudos do governo federal para o programa Ciência sem Fronteiras. Embarcando nesta viagem no mês de julho, com previsão de volta em julho de 2014, a estudante contou por que escolheu participar do programa.
“Resolvi tentar a bolsa do Ciência sem Fronteiras porque via no programa uma ótima oportunidade para estudar fora e conhecer novas culturas sem precisar pagar do meu bolso. Além disso, são muitas vagas e a procura ainda é muito pequena, assim, vi que as chances de eu conseguir eram grandes”, disse.
A bolsista passou por um processo que começa com o envio de documentos para a faculdade, como histórico, boletim, porcentagem de créditos concluídos, coeficiente de rendimento, prêmio de olimpíadas de matemática, química ou física (caso tenha) e iniciação científica. 
“Os pré-requisitos para participar do programa são que você faça um curso dentro das áreas prioritárias (engenharias, exatas, ciências da saúde, biologia). O coeficiente de rendimento tem que ser maior que seis e o aluno precisa ter de 20 a 90% dos créditos concluídos, o Enem deve ter sido realizado depois de 2009, além do exame de proficiência com a nota mínima exigida pelo país de destino”, explicou a estudante.
O programa Ciência sem Fronteiras proporciona auxílio financeiro referente a instalação, passagens aéreas, seguro saúde, além da bolsa mensal. A duração da bolsa é de 12 meses podendo ser estendida caso o aluno não tenha obtido pontos suficientes no teste de proficiência exigido para o país escolhido e precise fazer curso da língua e viajar meses antes.
A aluna de engenharia explicou por que escolheu a Austrália para o intercâmbio.
“Acredito que a Austrália apresenta muitas oportunidades na minha área e por não ser tão fácil de visitar como os Estados Unidos e Europa. Levei o quesito clima em consideração também”, disse.

Fonte: O FLUMINENSE

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