Município vai receber, em dez meses, duas estações, sendo uma para resíduos e outra para esgoto que atenderá 230 mil pessoas. Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado em SG
Como parte do processo de despoluição da Baía de Guanabara, visando os Jogos Olímpicos 2016, São Gonçalo vai receber em 10 meses duas Estações de Tratamento, sendo uma para resíduos e outra para esgoto. Uma das unidades é a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Alcântara, na Rua Vital Brazil, no bairro da Trindade. A capacidade de atendimento será de 230 mil pessoas, devendo alcançar 300 mil habitantes dentro de quinze anos.
A construção será feita através de uma parceria entre a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e a secretaria estadual de Ambiente (SEA). A outra estação, que cuida de resíduos sólidos (ETRs), fica às margens da Rodoviária Niterói Manilha (BR-101), altura do bairro Jardim Catarina. Apesar de já estar pronta, não funciona, pois não tem ligação domiciliar, já que faltam tubos e elevatórias que bombeiem os dejetos até as estações.
A construção e o término dessas unidades poderão atender a um problema na cidade. Segundo um estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, 89 (65%) das 138 obras voltadas às redes de coleta e sistemas de tratamento de esgotos estavam paralisadas, atrasadas ou ainda não iniciadas até dezembro do ano passado.
Os projetos monitorados e analisados pela entidade estão distribuídos em 18 estados e incluem 28 cidades acima de 500 mil habitantes, totalizando R$ 6,1 bilhões já liberados pela União. São Gonçalo e Duque de Caxias lideram o ranking no Rio de Janeiro como os piores municípios, se tratando de saneamento básico.
A ETE do Alcântara terá capacidade de tratar, em média, 750 litros de esgoto por segundo, diariamente. Além disso, está prevista a construção de uma Estação Elevatória de Esgotos para o transporte dos dejetos do bairro Galo Branco e adjacências até o Tronco Coletor, a partir do qual o esgoto sanitário seguirá por gravidade até a ETE Alcântara.
A Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) informou que posteriormente o sistema será ampliado visando a incorporação da coleta e do tratamento de esgotos dos bairros de Alcântara, Coelho e Jockey Club, mas esta complementação depende de um projeto adicional de coleta de esgotos sanitários e de novos recursos financeiros para a sua construção.
O Sistema de Esgotamento Sanitário de Alcântara inclui a construção da Estação de Tratamento de Esgoto e a construção de rede de coleta de esgoto nos bairros de Colubandê e Mutondo. Além disso, faz parte do Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do entorno da Baía de Guanabara (PSAM). O projeto é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e custará R$ 800 milhões. “O objetivo das obras é garantir uma melhoria substancial na balneabilidade das diversas praias de mar aberto e também as localizadas na própria baía, que recebe uma grande carga de poluição orgânica dos municípios que a circundam”, disse o presidente da Cedae, Wagner Victer, na última terça-feira, durante apresentação das obras de despoluição da Baía de Guanabara.
Na ocasião, Victer revelou que os municípios do Leste Fluminense, principalmente São Gonçalo, geram maior preocupação com o recolhimento do lixo sólido que é lançado nos córregos, valões e depois despejados no mar. Embora a coleta não seja de competência da Cedae, a construção das Estações de Tratamentos vai ajudar a reter a maior parte do lixo.
Evento foca na preservação do meio ambiente
O Dia Mundial do Meio Ambiente comemorado na quarta-feira foi celebrado em São Gonçalo com ações por toda a cidade, sendo a principal delas na Praça Luiz Palmier, no Centro. O evento tem como foco conscientizar a população para a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Ao longo de todo o dia, entre 9h e 17h, foram muitos os eventos no Município.
Muitas empresas colaboraram com a iniciativa e várias tendas foram montadas na praça para a conscientização da população. Nas tendas foram oferecidas oficinas e campanhas educativas ao público. A tenda da Defesa Civil falou sobre o sistema de alertas em áreas de risco com maquetes sobre deslizamentos; a Ampla explicou sobre o uso consciente de energia; a Vigilância Sanitária falou sobre prevenção da dengue; a Uerj demonstrou projetos ambientais; a Cooperativa de Catadores do Boa Vista falou do artesanato ecológico; o grupo Guardiões do Mar expôs um mobiliário pet e as Mulheres do Salgueiro, o artesanato do couro da pele de Tilápia.
De acordo com uma das organizadoras do evento, Vânia Lemos, esse é um projeto muito importante para conscientizar as pessoas sobre um assunto tão delicado. “O intuito é mostrar para a população como pensar em sustentabilidade na correria do dia a dia. Vamos tentar sensibilizar principalmente as crianças, distribuindo gibis educativos”, conta.
O projeto é uma parceria da prefeitura com a Secretaria de Meio Ambiente e visa alertar as pessoas quanto aos resíduos. “Vamos tentar conscientizar a população para o tempo de degradação que em alguns materiais são de até mil anos e em alguns casos indeterminados. O impacto humano no meio ambiente é muito grande”, afirma Heloísa Osanai, Bióloga da Secretaria de Meio Ambiente de São Gonçalo.
Quem se beneficiou muito com a campanha foram as crianças que estudam próximo ao local que participaram do evento com uma tenda no local expondo trabalhos sobre o meio ambiente.
Estudantes plantam ipês- Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na quarta-feira, estudantes de escolas públicas plantaram ipês em diversos pontos do Rio. A iniciativa visa a conscientizar os jovens e estimular práticas ambientais para o cuidado com a natureza. Cerca de 60 crianças participam da iniciativa, promovida pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).
Além de conscientizar as crianças, a ação tem o objetivo de combater o aquecimento global, melhorando a qualidade do ar por meio da absorção do gás carbônico. As mudas, doadas pela Cedae, são produzidas pela companhia em centrais produtoras próprias.
Para o presidente da Cedae, Wagner Victer, a ação tem três vertentes principais. “É uma ação que estamos fazendo em diversos pontos do estado em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, com três vertentes: primeiro, arborizar e embelezar cada vez mais a cidade; segundo, ajudar a balancear a questão do clima, além de absorver o gás carbônico; por último, fazer o plantio com crianças, despertando o interesse delas pelo meio ambiente”.
Segundo Wagner Victer, a Ilha do Governador, na zona norte, foi o local escolhido para começar o plantio devido à proximidade com o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim e à movimentação de turistas. “Tínhamos diversos locais a escolher, mas a Ilha do Governador é um local que, além de ter nível de arborização muito pequeno, é porta de entrada do Brasil. Muitos turistas passam por aqui. Estamos plantando o ipê porque é uma árvore muito bonita. Então, além de colaborar com o meio ambiente, ajuda na beleza da cidade”.
Fonte: O FLUMINENSE
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