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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Biotério especializado em cobra-coral é inaugurado no Vital Brazil

Por: Suzana Moura 

Espaço tem a missão de estudar e desenvolver o manejo e reprodução além da fabricação do soro, que por falta do veneno da espécie ainda não era produzido pelo instituto

*Assista o vídeo na TV OFLU (www.tvoflu.com.br














O Instituto Vital Brazil inaugurou na manhã desta terça-feira o primeiro Biotério especializado em criação de Micrurus (cobra-coral) no Brasil. O objetivo é criar condições para o desenvolvimento e cultivo adequado da espécie para produção de veneno, fabricação do soro e reprodução do gênero.
As serpentes do gênero micrurus, conhecidas como cobra-coral, são serpentes pequenas e de colorido intenso disposto em anéis, das cores vermelho, preto, branco e amarelo. A espécie possui um veneno neurotóxico, ou seja, atinge o sistema nervoso, com dormência na área da picada, problemas respiratórios e caimento das pálpebras, o que pode levar uma pessoa adulta a óbito em poucas horas. Atualmente o Vital Brazil ainda não produz o soro contra a picada de cobra-coral por falta do veneno dessa espécie
O diretor científico do instituto, Luis Eduardo Cunha, comentou sobre a importância do projeto. “A cobra-coral é uma espécie muito difícil de manter viva. O Vital Brazil recebeu um financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) para realizar o projeto. O grande desafio é manter a espécie viva e em cativeiro. Queremos produzir soro e pesquisar medicamentos à base dele”, contou.
O presidente do Instituto Vital Brazil, Antônio Werneck, ressaltou a importância da produção do soro. “Queremos conhecer o hábito destes animais e saber como eles se reproduzem, qual o padrão do veneno. No Brasil esse soro é produzido pelo Instituto Butantã, em São Paulo, Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiologia (CPPI), no Paraná e pelo Vital Brazil. Esse biotério vai ser o único para criação de micrurus e reprodução em cativeiro. Essa espécie ainda tem um veneno desconhecido e teremos a oportunidade de pesquisar”, declarou.
O pesquisador e coordenador do projeto, Carlos Corrêa Neto, informou como esta espécie será tratada e qual o próximo passo da pesquisa. “Vamos tentar dar uma condição biológica para esta espécie. Estamos utilizando um ambiente isolado e climatizado para adaptar e criar as serpentes. O insucesso em criar essas espécies pode estar muito mais relacionado à falta de um ambiente favorável para mantê-las com umidade e temperatura controladas. Conectamos as caixas entre si e vamos tentar criar uma maneira singular de criação. Precisamos produzir o soro e assim aumentar a quantidade para até 50 animais em um curto período de tempo para futuramente entrarmos em pesquisas mais robustas”, concluiu.

Fonte: O FLUMINENSE

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