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sábado, 19 de outubro de 2013

Horário de verão inicia neste domingo e diminui consumo de energia

Por: Vinícius Rodrigues 

A partir da zero hora de domingo, os relógios deverão ser adiantados uma hora. Consumo em Niterói e São Gonçalo deve cair 5%, ou seja, 100 MW














A partir da zero hora de amanhã, entra em vigor o horário de verão em parte do Brasil. Os relógios deverão ser adiantados uma hora em relação ao horário normal. O novo horário, que termina no dia 16 de fevereiro de 2014, será instituído em dez estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, além do Distrito Federal. Como medida para racionar a energia, a concessionária Ampla, responsável por abastecer os municípios de Niterói e São Gonçalo, estima que no horário de ponta (entre 18h e 21h), a redução da demanda nas cidades deve chegar a 5%, ou seja, 100 MW, o suficientes para abastecer uma cidade de 100 mil habitantes.
Segundo o economista Nivaldo Lemos, da Universidade Federal Fluminense (UFF), o principal objetivo da implantação do horário de verão é o maior aproveitamento da iluminação natural, proporcionando a queda na demanda em função do deslocamento da carga no período mais crítico do dia. No entanto, ele faz um alerta para que haja economia na conta de luz.
“As reduções no consumo são mínimas, já que, mesmo que um pouco mais tarde, as lâmpadas vão continuar sendo acesas. O uso do chuveiro geralmente passa para a posição verão que consome menos energia. Ainda assim usa-se mais o ar condicionado”, disse Lemos.
País – No âmbito nacional, a adoção do horário de verão no período 2013-2014 representará uma economia de até R$ 4,6 bilhões em investimentos que deixarão de ser feitos em geração e transmissão de energia, e de R$ 400 milhões sem o acionamento de usinas térmicas. A estimativa do Governo Federal foi anunciada na última quarta-feira pelo secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner.
No horário de pico, entre as 18h e as 21h, a redução na demanda será 2.065 megawatts (MW) no sistema das regiões Sudeste/Centro-Oeste. Na Região Sul, a redução será 630 MW. Nos dois sistemas, que abrangem as três regiões, a redução da demanda nos horários de pico ficará entre 4,5% e 5%, enquanto a redução de consumo geral do sistema será em média 0,5%.
“Medidas simples como a troca de luminárias, mudança da posição do chuveiro elétrico de ‘inverno’ para ‘verão’ podem proporcionar um resultado significativo”, explica Nivaldo Lemos, que afirma que a “energia mais barata para o nosso bolso e menos agressiva ao meio ambiente é aquela que não desperdiçamos”.
No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932 pelo então presidente Getúlio Vargas. A medida é adotada sempre nesta época do ano, quando os dias são mais longos por causa da posição da Terra em relação ao Sol. No fim do ano, há também um aumento na demanda por energia, resultante do calor e do crescimento da produção industrial devido ao Natal.
Na última temporada (2012/2013), o horário de verão gerou economia de 4,5% no período de pico nos estados em que foi adotado.

Fonte: O Fluminense

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