Mobiliário urbano que atravessa o Fonseca vem sendo depredado constantemente ao longo da via e vandalismo pune passageiros que buscam informações sobre itinerário das linhas
Pouco mais de dois anos após a inauguração do Corredor Metropolitano da Alameda São Boaventura, que aconteceu em março de 2010, no bairro do Fonseca, o mobiliário urbano, das seis estações que compõem o trajeto, sofre com o vandalismo praticado contra o bem público. Totens, placas com o itinerário das linhas de ônibus, bancos e lixeiras são alvos das ações destrutivas.
A pedido de O FLUMINENSE o engenheiro Antônio Eulálio, membro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) do Rio de Janeiro, visitou as baias ao longo da Alameda e apontou medidas que poderiam diminuir a destruição do mobiliário. No entanto, o conselheiro destacou que a ação mais eficaz seria criar campanhas socioeducativas para a população.
“Placas de acrílico, colocadas à frente dos mapas e totens, ajudam na conservação, mas a conscientização dos usuários no que diz respeito à importância da manutenção do local é o ponto mais importante nessa questão”, acredita Eulálio.
Distribuídos pelas estações Getulinho, Riodades, Horto, Bairro Chic, João Brasil e Nossa Senhora das Mercês, os 242 ônibus que atravessam a via foram agrupados com paradas específicas entre as baias, ou seja, cada linha possui caminho específico por entre os pontos. Apenas as 17 linhas municipais entram em todas as estações, as demais 61 intermunicipais são informadas através dos mapas.
O superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Rio de Janeiro, Márcio Barbosa, afirma que o problema causado pelo vandalismo atrapalha o passageiro ao buscar informações sobre o itinerário da linha em que o usuário pretende embarcar.
“A prefeitura, através das informações cedidas pela Nittrans, tem efetuado os reparos, mas o vandalismo é mais rápido do que a mobilização do poder público. A população fica prejudicada por causa da ação insana de certas pessoas. Todos devem lembrar que o dinheiro gasto no reparo do mobiliário é público. Entretanto, apenas com iniciativas educacionais, introduzidas nas escolas, esse quadro pode ser revertido”, destaca o superintendente.
População reclama sobre consequências do vandalismo- A dona de casa Ermelinda Rosa, de 58 anos, moradora do Rio do Ouro relatou que já ficou perdida na estação do Horto, porque não conseguiu encontrar a informação que procurava sobre a linha que faz o trajeto Centro/Itaipu. “Infelizmente, temos que conviver com atitudes como essa, a ação de poucos acaba por afetar a vida de muitos. É lamentável olhar o estado dos pontos de ônibus e saber que isso foi a irresponsabilidade de outros usuários”, desabafa Ermelinda.
O Corredor Metropolitano foi resultado de uma parceria entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Prefeitura Municipal de Niterói, com investimentos públicos de R$ 6.9 milhões. As obras foram iniciadas no final de 2007 e concluídas em março de 2010.
No final de maio desse ano, a prefeitura rompeu o contrato com Pimux, empresa responsável pela manutenção do mobiliário urbano da cidade Niterói. Enquanto a nova concessão não é aprovada, a prefeitura informou que vai assumir a manutenção dos pontos até ser feita nova licitação. Sobre o valor que é gasto no Corredor Metropolitano do Fonseca, por causa das ações de vandalismo, o órgão não informou a quantia.
Fonte: O FLUMINENSE

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