Prédio do antigo Hospital Santa Mônica corre risco de desmoronar e com mau tempo, Nittrans prepara plano de contingenciamento para o caso de total interdição da Av. Marquês do Paraná
A Nittrans informou na segunda-feira que ainda está preparando um plano de contingenciamento para atenuar os impactos decorrentes da eventual interdição da Avenida Marquês do Paraná em caso de forte chuva, devido ao risco de desmoronamento do antigo prédio do Hospital Santa Mônica. Mas segundo o órgão, a coordenação do trânsito já está pronta para acatar de forma emergencial o que for determinado pela Defesa Civil.
O mau tempo chegou no domingo à noite, quando um forte temporal deixou sem luz os bairros de Itaipu e Piratininga, em Niterói e Mutuá, Barro Vermelho, e Neves, em São Gonçalo. Apesar da forte chuva a Defesa Civil do Estado informou que não recebeu chamados para a região. Mas com a possibilidade de chuva para os próximos dias – como prevê o portal Clima Tempo – o receio de que a Marquês do Paraná venha a ser fechada é grande, já que a via é a artéria principal de ligação entre a Zona Sul e o Centro da cidade.
“Não dá para definir o impacto que teria [a interdição], até porque não sabemos quanto tempo a via poderá ficar fechada e nem o período do dia, mas por se tratar de uma via muito importante, certamente vai haver um impacto grande. A alternativa para minimizar os efeitos em caso de emergência seria uma operação de apoio dos agentes de trânsito aliada a alternativas de percursos para os motoristas”, explica o o engenheiro de Transportes e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Walber Paschoal.
Moradores temerosos- A Nittrans informou que em caso de interdição, todo o trânsito terá de ser desviado por rotas alternativas, no entanto, não informou quais seriam estas rotas. Enquanto isso, moradores temem o pior. “O trânsito de Niterói vai parar se isso acontecer. E para nós, que moramos ao lado do prédio condenado, vai ser muito pior, porque só temos uma rua de acesso as nossas casas. Além disso, se o prédio cair mesmo com a chuva, para onde iremos?”, questiona a professora Maria Fernandes, de 43 anos, que diz não ter recebido até agora nenhuma orientação da prefeitura.
Outro vizinho do prédio, Alexandre Henrique Domingues, de 43, teme pela estrutura dos imóveis no entorno. “No domingo a laje de um dos blocos do prédio caiu e o estrondo já fez com que minha casa tremesse. A rua ficou branca de tanta poeira que cobriu o asfalto”, contou, segurando a notificação que recebeu da Defesa Civil, interditando o imóvel onde reside.
A Nittrans informou ainda que para a demolição, no próximo dia 2, feriado de Finados, será possível minimizar os impactos com uma operação dimensionada de acordo com o previsto pelas equipes encarregadas da implosão. “Todos os procedimentos estão sendo adotados em conjunto entre os diversos setores envolvidos no caso. As medidas serão informadas assim que forem definidos detalhes dos roteiros alternativos”, divulgou em nota.
Medidas para implosão recomeçam- Devido ao risco de desabamento, alguns procedimentos já foram tomados. A Nittrans interditou o ponto de ônibus próximo ao hospital e o local está sendo sinalizado com placa indicativa. O processo para a implosão do prédio foi retomado na segunda-feira. O prédio foi interditado pela Defesa Civil na quinta-feira, devido ao enfraquecimento da estrutura. O antigo Hospital Santa Mônica será demolido para dar lugar ao Centro de Imagem que será construído pelo Governo do Estado. A implosão do edifício havia sido suspensa por determinação judicial devido a uma ação movida por herdeiros que questionam a desapropriação do imóvel.
Fonte: O FLUMINENSE
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