Presidente de companhia aérea diz também que não há previsão para novas demissões além das que foram anunciadas após anúncio do término das atividades da empresa de aviação
A Gol Linhas Aéreas descartou a possibilidade de reverter as demissões de trabalhadores e a extinção da Webjet, empresa adquirida recentemente pelo grupo. Apesar disso, o presidente da companhia aérea, Paulo Sérgio Kakinoff, disse “não haver previsão” de novas demissões, além das já anunciadas.
Ele se reuniu na quarta-feira com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wagner Bittencourt, para discutir o assunto.
Durante a reunião, Kakinoff apresentou ao ministro as justificativas para a redução do quadro de funcionários e do encerramento da empresa adquirida. “Com aviões 737-300, que consumem em média 28% a mais de combustível em relação aos 737-800 que operam pela Gol, a Webjet tinha aeronaves inviáveis do ponto de vista econômico, considerando que o atual preço do combustível representa 45% dos custos da aviação. Por isso, tomamos a decisão de não mais operar com esses equipamentos que compunham majoritariamente a frota da Webjet”, disse Kakinoff.
Segundo ele, a Gol opera atualmente com 70% de sua capacidade. Com a aquisição da nova empresa, a expectativa é ampliar a capacidade para 76%.
Extinção não tem volta- Apesar disso, garantiu, “temos condições de, com a estrutura da gol e sem qualquer tipo de transtorno, absorver os voos, os passageiros e também os colaboradores que eram responsáveis pelas atividades de aeroportos”, acrescentou. Segundo ele, a Gol trabalhará com uma margem de 14 pontos percentuais de capacidade ociosa a ser ocupada, para chegar a 90% da capacidade disponível.
“Não há a possibilidade de revertermos essa decisão de encerramento, uma vez que ela está ligada ao aspecto técnico de não trabalharmos com aviões com 21 anos de uso e que – comparados aos da frota da Gol que têm, em média, seis anos de utilização – consomem 30% a mais de combustível”, acrescentou. Ele explicou que esse tipo de gasto é “o principal fator da composição de custo” da empresa.
Fonte: Agência Brasil

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