quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Gol descarta rever demissões de funcionários e a extinção da Webjet


Presidente de companhia aérea diz também que não há previsão para novas demissões além das que foram anunciadas após anúncio do término das atividades da empresa de aviação

A Gol Linhas Aéreas descartou a possibilidade de reverter as demissões de trabalhadores e a extinção da Webjet, empresa adquirida recentemente pelo grupo. Apesar disso, o presidente da companhia aérea, Paulo Sérgio Kakinoff, disse “não haver previsão” de novas demissões, além das já anunciadas.
Ele se reuniu na quarta-feira com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wagner Bittencourt, para discutir o assunto.
Durante a reunião, Kakinoff apresentou ao ministro as justificativas para a redução do quadro de funcionários e do encerramento da empresa adquirida. “Com aviões 737-300, que consumem em média 28% a mais de combustível em relação aos 737-800 que operam pela Gol, a Webjet tinha aeronaves inviáveis do ponto de vista econômico, considerando que o atual preço do combustível representa 45% dos custos da aviação. Por isso, tomamos a decisão de não mais operar com esses equipamentos que compunham majoritariamente a frota da Webjet”, disse Kakinoff.
Segundo ele, a Gol opera atualmente com 70% de sua capacidade. Com a aquisição da nova empresa, a expectativa é ampliar a capacidade para 76%.
Extinção não tem volta- Apesar disso, garantiu, “temos condições de, com a estrutura da gol e sem qualquer tipo de transtorno, absorver os voos, os passageiros e também os colaboradores que eram responsáveis pelas atividades de aeroportos”, acrescentou. Segundo ele, a Gol trabalhará com uma margem de 14 pontos percentuais de capacidade ociosa a ser ocupada, para chegar a 90% da capacidade disponível.
“Não há a possibilidade de revertermos essa decisão de encerramento, uma vez que ela está ligada ao aspecto técnico de não trabalharmos com aviões com 21 anos de uso e que – comparados aos da frota da Gol que têm, em média, seis anos de utilização – consomem 30% a mais de combustível”, acrescentou. Ele explicou que esse tipo de gasto é “o principal fator da composição de custo” da empresa.

Fonte: Agência Brasil

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