domingo, 2 de dezembro de 2012

UPA de Inoã reforça atendimento médico no município de Maricá


Foram 13,8 mil atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas no período de dois meses . Balanço feito pela Secretaria de Saúde considera atendimentos satisfatórios 














Aberta à população há dois meses, a Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA) de Maricá, em Inoã, ultrapassou a marca de 13,8 mil atendimentos prestados à população desde a sua inauguração, no dia 20 de setembro deste ano, cumprindo o papel fundamental de reforçar a qualidade dos serviços de urgência e emergência na cidade.
A UPA maricaense obteve já no primeiro mês de atendimento, num prazo recorde entre as demais UPAs da região, a habilitação concedida pelo Ministério da Saúde para receber recursos dos governos federal e estadual para a manutenção da unidade. Para emitir a habilitação, o ministério envia equipes técnicas às instalações da UPA, sem data marcada, para acompanhar os procedimentos realizados e avaliar a qualidade do funcionamento. 
O balanço dos dois primeiros meses é, portanto, satisfatório, segundo a Secretaria Municipal de Saúde - e isso se reflete na satisfação da população. Uma das razões para o bom andamento da unidade se deve à administração, gerenciada pela prefeitura, que prioriza a humanização dos atendimentos.
A administradora da UPA de Inoã, Bárbara Beatriz Nogueira, destaca a realização de cursos de capacitação, por meio de um grupo de educação permanente, aos 250 funcionários que compõem o quadro da unidade. 
“Observamos a necessidade de um enquadramento profissional da equipe, que possuía um perfil mais ambulatorial e menos socorrista, que é a nossa prioridade na UPA”, explicou a coordenadora. 
Por ser uma unidade que prioriza atendimentos de urgência e emergência, a UPA possui em seu quadro médico apenas clínico e pediatra e não oferece especialidades, como ortopedia, neurologia e dermatologia. 
“Essa é uma questão inerente ao sistema da UPA que a população precisa estar ciente. Aqui não realizamos tratamento de doenças. Somos uma unidade que tem o objetivo de estabilizar os casos de emergência e urgência”. 
De acordo com a administradora, 60% dos casos acolhidos na unidade são de menor gravidade.
“A maior parte dos atendimentos prestados são ambulatoriais e poderiam ser resolvidos e acompanhados pelos postos de saúde. Mas não deixamos de atender ninguém por conta disso”, ressalta Bárbara.
É o caso da servidora municipal Sheila Lima da Silva, de 42 anos. Moradora de Inoã, ela chegou à unidade com crise de hérnia de disco. 
“Sei que deveria procurar o posto de saúde para buscar um tratamento que evite a crise, mas, nesse momento, preciso ser medicada para aliviar a dor que estou sentindo. E aqui é bem perto da minha casa”.

Monitoramento 24 horas
Outra particularidade da UPA mencionada pela administradora Bárbara como uma das ferramentas para acompanhar a qualidade dos atendimentos é o monitoramento feito por câmeras ligadas 24h e instaladas em diversos pontos da UPA. 
“Esse instrumento permite observar, por exemplo, a movimentação na entrada, a fila para atendimento, quem faltou e se há funcionários fora de seu setor”, salientou Bárbara, explicando que os funcionários utilizam uniformes padronizados, com cores diferentes de acordo com cada setor.

Prioridade para casos graves
Segundo a administradora, um dos desafios enfrentados pelas equipes diz respeito ao entendimento da população quanto ao sistema de prioridade de atendimento. 
“A UPA não trabalha por ordem de chegada. Os pacientes têm que ser classificados de acordo com a gravidade de seu caso. Quem estiver com risco de morte será atendido primeiro, mas ninguém sai da unidade sem ser acolhido. A UPA resolve 99% dos casos; 1% são pacientes transferidos para hospitais de acordo com a determinação da central de regulação do Estado”, ressaltou Bárbara, acrescentando que a unidade segue um sistema diferenciado e informatizado de atendimento. 
Casos graves como Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto e complicações hemorrágicas são direcionados diretamente para a chamada “Sala Vermelha”, que é uma unidade semi-intensiva. 
Nesse espaço, constituído por quatro leitos, a equipe médica tem à disposição modernos equipamentos médicos que permitem monitorar a saúde dos pacientes, como monitores cardíacos, além dos aparelhos como desfibrilador, eletrocardiograma, respiradores e aparelho de raios-X móvel.
A UPA também possui uma sala de observação pediátrica. O local destinado a crianças com pneumonia, dores abdominais, entre outros casos de urgência, possui três leitos com um monitor cardíaco. 
Lá a equipe prepara os medicamentos orais e intravenosos e faz nebulização, caso necessário.

Fonte: O FLUMINENSE

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