Arquiteto elabora projeto ecológico. Segundo ele, existe uma grande possibilidade de tornar o Estádio Caio Martins, que fica em Icaraí, em uma arena ecologicamente sustentável
Desenvolver um projeto de melhorias sustentáveis para o Estádio Caio Martins. Essa é uma das etapas da dissertação de mestrado “Sustentabilidade em Estádios de Futebol: o caso da Arena Pantanal em Cuiabá-MT”, defendida pelo arquiteto e urbanista Rodrigo Tóffano, 27 anos, na Universidade Federal do Mato Grosso, dentro do programa de pós-graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental.
Segundo o arquiteto, existe uma grande possibilidade de tornar o Caio Martins em uma arena ecologicamente sustentável.
“Ainda não apresentei o meu projeto para a administração do estádio, mas tenho ainda intenção de mostrar. Mas afirmo que o complexo do Caio Martins, assim como outros complexos esportivos inseridos no centro da malha urbana de cidades da Região Metropolitana, a exemplo do Esporte Clube Maricá, em Maricá, não apresentam características relevantes de sustentabilidade em suas edificações”, contou Rodrigo.
Administrado pela Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), o complexo do Caio Martins oferece a prática de uma série de atividades para a população local, como futebol de salão, basquete, vôlei, natação, artes marciais, dança, entre outras atividades. Além disso o ginásio também já sediou eventos esportivos de grande porte, como finais da Superliga feminina de vôlei, Grand Slam de judô, além de shows e espetáculos artísticos.
Ainda de acordo com Rodrigo, geralmente, as arenas de esportes fazem parte de grandes áreas valorizadas pelo mercado imobiliário, mas ociosas em função do baixo aproveitamento social, econômico e ambiental (os três pilares básicos da sustentabilidade). Áreas que poderiam manter suas características de lazer e entretenimento sem deixar de atrair novos usos, a exemplo da multifuncionalidade de novas arenas mundiais.
Um bom exemplo de inspiração para estes complexos é o estádio do Neuchâtel Xamax, atualmente na Quinta Divisão do futebol suíço. O “Stade de la Maladière” tem capacidade para 12 mil pessoas, custou US$ 214 milhões (cerca de R$ 433 milhões), de autoria dos arquitetos Laurent Geninasca e Bernard Delefortrie, inaugurado em abril de 2007.
Para Rodrigo, existem no estádio da Suíça preocupações com o emprego de materiais ecológicos. Durante a construção, a correta gestão de resíduos e a eficiência de sistemas de refrigeração e ventilação também foram empregados.
“Preocupações de cunho ambiental que aliadas à sustentabilidade econômica e social do complexo poderiam servir de base para a elaboração de um novo projeto para o Complexo do Caio Martins. Um projeto mais moderno e dinâmico que acompanhe a Niterói do futuro”, relatou Rodrigo.
Fonte: O FLUMINENSE
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