Ana Paula Maciel, que integra o grupo de ativistas do Greenpeace, estava presa em São Petersburgo desde o mês de setembro. Ela foi liberada após pagamento de fiança
A ativista brasileira Ana Paula Maciel deixou nesta quarta-feira, o Centro de Detenção em que estava presa, em São Petersburgo, na Rússia. De acordo com informações do Greenpeace, ela foi a primeira do grupo de 28 ativistas e dois jornalistas a ser libertada após o pagamento de fiança. O valor não foi divulgado pelo grupo.
Até o momento, não foram informados pela Justiça russa as condições e restrições impostas aos ativistas beneficiados com a liberdade provisória. Também não foi divulgado se a brasileira poderá deixar a Rússia ou receber visitas. Segundo a organização não governamental, as informações devem ser esclarecidas nos próximos dias.
No Twitter do Greenpeace foi divulgado um desabafo da mãe de Ana Paula.
“Meu coração de mãe sempre me disse para eu manter a fé. Mal posso esperar para ter a minha amada filha nos meus braços de volta a casa. Sabemos que ainda não terminou, mas minha filha é uma guerreira e superará tudo isso no final”.
Ao todo, 15 ativistas foram libertados pela Justiça russa, sob o pagamento de fiança. O ativista australiano Colin Rusell é o único com ordem de prisão preventiva prolongada por mais três meses, até 24 de fevereiro. Estão marcadas para esta quarta-feria, várias audiências quando a Justiça definirá se prolonga ou não o período de detenção dos ativistas, incluindo o período inicial de prisão preventiva de dois meses, que termina no próximo domingo.
Protesto – Em 18 de setembro, o grupo de 30 pessoas, 28 ambientalistas e dois jornalistas, realizava protesto em uma plataforma de petróleo da companhia Gazprom, no Mar do Norte, na região do Ártico. O objetivo era chamar a atenção para a exploração de petróleo na região e o impacto ambiental que esta atividade pode causar na biodiversidade local.
A guarda costeira russa interrompeu a manifestação na plataforma e deteve o navio, além de seus tripulantes. A embarcação e o grupo foram conduzidos a um tribunal de Murmansk. Lá, os integrantes da ONG foram colocados em celas provisórias.
A Rússia disse que os ambientalistas transgrediram a lei durante o protesto no qual tentaram escalar a plataforma Prirazlomnaya, a primeira unidade de perfuração da Rússia no Ártico e parte dos esforços do país para explorar as reservas de gás e petróleo da região. Por isso, todo o grupo foi indiciado pelo governo russo por crime de pirataria.
Dias depois, foi divulgado que a acusação de pirataria seria retirada, e que os “30 do Ártico” passariam a responder por vandalismo, com punição mais branda. No entanto, o Greenpeace diz que a denúncia de pirataria ainda não foi retirada pelas autoridades.
No início de novembro, o grupo foi transferido de trem para centros prisionais de São Petersburgo. Os ativistas procedem de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e França.
Fonte: O FLUMINENSE
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